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sexta-feira, 7 de março de 2014

Capitulo X - Segunda Rodada Com o “Chefe”

Quando chegou o dia do duelo eu já havia selecionado uma porção de armas para meu segundo ano de treinamento de Elite. Eles me deram uma mochila de caçador. Elas tinham uma extensão com o Duat e você podia guardar suas coisas lá dentro.
Eu havia devolvido minha espada persa ao James, mas ele não aceitou e a derreteu. Com o aço que ele obteve e com um pouco de outros materiais ele criou uma espada de aço sem ponta ou lateral cortante que segundo ele seria de grande utilidade.
Depois de treinar com minhas novas armas – principalmente com a que James fizera para mim – eu já estava habituado com elas. Eu ainda não entendia a utilidade da arma que James fizera para mim, mas aos poucos eu já a manejava bem. Apesar de não poder cortar nada ele causa um bom estrago. Eu consegui derrubar um muro apenas com o punho da espada.
O capitão Ulisses acompanhou meu treinamento árduo até o dia do combate. E entes de eu ir para a Arena ele foi falar comigo.
–Olá Joseph – falou o treinador – Eu gostaria de te desejar boa sorte no combate.
–Oi – falei despreocupado – obrigado Capitão.
–Eu tenho um presente para você – falou ele remexendo a mochila.
–O que é? – falei curioso.
–Isso – disse ele tirando da mochila uma pequena corda dourada.
–E o que é isso? – falei hesitante.
–É um cordão de bronze – falou ele com um olhar intenso como se estivesse perdido em pensamentos. – isso meu caro aprendiz, é um cordão de bronze grego. Os antigos usavam para fazer espadas que serviam contra monstros. Hoje em dia poucas pessoas tem acesso a esse material, portanto isso é um presente que poucos recebem. Eu te dou de presente por ter concluído um ano de treinamento de Elite.
Ele estendeu a mão com a corda e eu a peguei, só então eu me dei conta da dimensão daquilo. Era uma pequena corda que pesava entre 3 a 5 quilos. Eu percebi que aquela corda eras pra ser usada no pescoço pois tinha as dimensões perfeitas para isso. Logo eu tirei a pedra que os bonecos de escuridão me deram, e coloquei a ponta da corda em um dos lados mais chatos da pedra; então num passe de mágica o cordão facilmente furou a pedra e eu coloquei o cordão no me pescoço e dei um nó.
Eu fiquei parecendo um egípcio, com aquela “joia”. Eu notei que o Capitão Ulisses sorria. Então eu disse:
–Obrigado Capitão – e fiz uma continência.
–De nada Joseph. – falou ainda sorrindo e estudando minha nova arma (pelo menos é o que ele disse depois do duelo) – Sempre guarde isso com você. Isso esbanjará grande honra num futuro próximo.
–Tudo bem – falei um pouco confuso – até mais ver Capitão.
...
Quando cheguei à arena, o “chefe” já estava me esperando com uma espada na mão e uma adaga que ele rapidamente escondeu na manga quando me avistou. Eu logo peguei uma lança e uma espada Romanas e peguei também um escudo Grego que estava na parede da arena junto com as outras coisas, sorrateiramente eu peguei uma flecha pequena e escondi na manga da minha camiseta. Eu estava usando uma calça Jeans azul com uma camiseta branca gola careca de mangas compridas e calçava um tênis de escalada. Por cima da minha roupa eu coloquei uma couraça e um elmo.
Eu já estava me aproximando do “chefe” que estava girando uma espada grega de um lado para o outro, quando ele disse:
–Olá Devon – ele riu sarcasticamente – pronto para a luta?
–Sim senhor – falei empunhando minha lança – espero que o senhor perceba a diferença desta luta com a do ano passado.
–Oh, decerto perceberei – ele se colocou em posição de batalha e se preparou para atacar. – Pronto? No três... um... dois... TRÊS!
Ele deu um pulo impressionantemente alto, e em segundos estava batendo a espada ao meu escudo. Eu nem percebera que havia levantado o escudo para me proteger. O impacto foi tão forte que eu quase cai, por sorte eu aprendera a driblar um oponente naquelas circunstâncias. Eu enfiei minha lança na barriga do “chefe” que ao perceber meu movimento tirou a espada do meu escudo e a usou para desviar a lança, então eu rapidamente golpeei a cabeça do chefe com escudo e andei dois passos para a esquerda em quanto sacava minha espada. Rapidamente eu estava com a espada na mão. Como eu havia soltado a lança para segurar a espada eu firmei a espada no pé do chefe e peguei a lança de volta. Infelizmente ele era muito rápido. Assim que eu soltei a lança ele já havia chutando–a para longe de modo que eu momentaneamente tivesse que “baixar a guarda” se quisesse tê-la de volta. No momento que eu coloquei a espada no seu pé eu rapidamente me virei e peguei a ponta da lança e a joguei contra o “chefe”. Mas, mais rápido do que eu poderia imaginar ele havia se libertado da minha espada, e ainda arremessou a dele contra mim. A espada atingiu meu elmo de modo que ele voou da minha cabeça e me fez cair; na queda eu bati a cabeça e fiquei bastante tonto. Eu nem mesmo conseguia me levantar, e vi apenas o vulto do chefe com a minha lança nas mãos (eu sei disso, pois era muito maior que uma espada mesmo eu vendo tudo embaçado) se preparando para me atacar. Eu não tive muito tempo, então eu fiz algo surpreendente até pra mim. Eu tirei meu escudo e coloquei a flecha nele de modo que apenas a ponta saísse. Como as amarras eram muito grandes ela ficou meio frouxa então quando o “chefe” chegou a dois passos de mim eu lancei o escudo pro ar – o que fez ele se distrair – e a empurrei com os pés. Assim que ele se deu conta do que estava acontecendo, estendeu a lança a sua frente na horizontal, exatamente no ângulo de movimentação do meu escudo, e assim que a lança absorveu o impacto causado pelo escudo a flecha se soltou e continuou voando na direção da cabeça do “chefe”. Ele soltou a lança e caiu no chão quando a flecha atingiu sua testa. Como as flechas usadas nos treinos têm pontas arredondadas ele não se feriu, apenas ficou com uma marca roxa na testa.
Eu me levantei depois de certo tempo. Logo que minha vista voltou ao normal eu me deparei com o chefe sentado no chão esfregando a testa e resmungando algo bem baixinho.
Quando ele viu que eu me levantara, ele também se levantou e disse:
–Parabéns garoto – ele estendeu a mão para um aperto de mão – você conseguiu empatar comigo.
–Mas eu venci – falei apertando a mão do “chefe” e com a testa franzida – Eu o acertei com a flecha então eu ganhei.
–Na verdade foi empate – ele falou sorrindo – Você já olhou pro seu pescoço?
Quando eu olhei vi que ele tinha me acertado com uma faca no pescoço o que explica o fato de eu me desequilibrar tão facilmente quando fui acertado pela espada. Como ele tinha jogado a espada eu nem notara a pequena adaga que ele lançou em seguida. Ambas me acertaram em cheio o que fez com que eu caísse mais facilmente. Ao ver isso eu disse:
–Tecnicamente – falei hesitante, pois eu estava escolhendo as palavras corretas – Eu fui atacado pela faca minutos antes de lançar a flecha. Então me restava mais meio minuto de vida mais ou menos o que me daria tempo de te matar com a flecha assim como eu fiz, portanto você morreria primeiro.
–Bem, se for tecnicamente – falou ele rapidamente – você teria morrido antes do fim do meio minuto se tivesse feito tanto esforço para me matar com a flecha, então você morreria dois segundos antes de mim.

–Então... –falei sorrindo – Acho que foi empate.

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