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sexta-feira, 7 de março de 2014

Capitulo II - Começamos A Viagem Até O Nada

Depois da minha festa eu preparei uma mochila, não uma mala como eu normalmente faria. James disse que levantaria muita suspeita, seis adultos com mochilas e uma criança com uma mala. No dia seguinte bem cedo nós partimos, eles disseram que não poderiam usar o portal que eles aviam usado para chegar. Nós pegamos um ônibus até a rodoviária, depois compramos passagens de ônibus até a cidade de Brasília – que segundo eles é onde fica a sede dos Caçadores brasileiros – e passamos dois dias na estrada.
Nas primeiras horas até que você consegue aguentar, depois que você fica dentro de um ônibus por mais de seis horas você fica com tédio mortal ou sono. Eu dormi.
No meu sonho eu estava de volta a minha festa, só que desta vez eu podia controlar, e eu percebi cada detalhe que eu deixei passar. A espada Persa que eu ganhara tinham inscrições escritas em Grego, o que era estranho, pois eu não sabia ler Grego e eu tinha certeza que a espada era Persa. Depois eu percebi uma tatuagem no pescoço de Liz – Elizabeth, ela disse preferir Liz – e uma idêntica acima da cintura de Kath – Katherine, ela também prefere a abreviação. Notei uma cicatriz que brotava da mão de James, e uma tatuagem em hieróglifos no pescoço de Thomas que eu ainda não sabia o significado, notei também um brinco furando a orelha dele que de algum modo não havia notado e senti o poder que ele emitia. Em Jane notei uma pequena tatuagem escrita: “Rico And Jane Forever” dentro do símbolo do infinito. E em Rico havia a mesma tatuagem.
Quando eu acordei nós aviamos parado para tomar um café e usar o banheiro. Eram mais ou menos 15h00min quando fizemos essa parada. Todos ficaram em alerta e James tratou logo de me entregar a espada Persa (que quando olhei realmente tinham entalhes Gregos), e disse:
–Esconda a espada dos mortais, mas a mantenha por perto.
–Por quê? – perguntei ainda sonolento.
–Por que, cada um de nós sentiu algo de mal ali dentro... Você não sentiu nada?
–Sei lá eu acordei como se tivesse tendo um pesadelo, mas eu estava tendo um sonho bom.
–Fique atento. – respondeu James um pouco indiferente – E se prepare.
No café cada um de nós pegou um copo de café e um pãozinho com manteiga. Depois de comermos Thomas se levantou para pagar a conta, mas Liz se levantou mais rápido e disse:
–Não... você pagou da última vez, deixe de ser machista.
Ele sentou todo emburrado bebeu o resto do café, enquanto Liz pagava a conta e Rico e Jane tentavam conter o riso.
Quando estávamos voltando ao ônibus, eu fui o primeiro a entrar, estava dirigindo–me ao meu assento quando Jane gritou:
–Se abaixem todos.
Eu não sabia do que se tratava, mas naturalmente eu levei minha mão ao cabo da espada e fui para o lado de fora, lá Thomas e Kath estavam lutando com dois demônios egípcios, eu não sabia como eu sabia que eram egípcios, mas eu sabia. Puxei minha espada e fui ajudar, porém Rico apareceu do nada e me puxou para longe. Exatamente onde eu estava um demônio com cabeça de machado cortou o ar. Eu não havia reparado, entretanto os demônios com quem Thomas e Kath lutavam tinham cabeças de canivete.
–Fique abaixado. – falou Rico sacando duas espadas ninja e atacando o cabeça de machado – Todo cuidado é pouco, tente ajudar Liz e Jane com os mortais feridos, ou vá até onde James está e protejam os outros mortais.
–S–s–si–sim... – disse eu gaguejando como um perfeito gago.
Quando eu cheguei até Liz e Jane elas pediram para que ajudasse James porque ele realmente precisava de ajuda. Mas chegando lá eu o vi caindo no chão depois de levar um chute na cabeça de um dos demônios canivetes, mas eu logo o puxei e levei até onde as meninas estavam ajudando os mortais. Logo eu voltei saquei minha espada e comecei a lutar com o demônio até ele virar pó – literalmente –, depois que eu o apunhalei nas costas. Os mortais ficaram me olhando de forma estranha então guardei a espada e sai correndo.
Quando eu voltei ao estacionamento que era o campo de batalha e a enfermaria, a luta havia acabado. James estava desacordado, Rico estava com um ferimento na cabeça, Kath tinha uma boa mancha de sangue a cima da barriga e Thomas mancava bastante, fora isso todos estavam bem. Nós embarcamos e ninguém disse uma palavra. Como James estava desacordado fiquei com a espada na minha mochila. Os mortais sequer pareceram notar a batalha, pois alguns assim que entraram dormiram ou voltaram a fazer o que faziam antes.

A viagem não teve mais nem um imprevisto e quando chegamos ao quartel general dos Caçadores no Brasil, eu me deparei com algo que não esperava. Estávamos em frente ao palácio do planalto.

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