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sexta-feira, 7 de março de 2014

Capitulo VII - Minha aventura no Japão

Eu havia acabado de Sair do Duat (o que foi um grande alívio) e fui parar no Japão; até onde eu sei, não tenho sangue japonês nas minhas veias, então eu custei a identificar onde estava.
Quando eu sai da fenda comecei a pensar que fiz um grande barulho pois um pacato senhor saíra de sua casa e olhava para os lados como se procurasse por algo quebrado, mas tudo que tinha lá era eu. Como eu havia manipulado aqueles bonecos de escuridão eu ainda sentia sua força vital o que me fez drenar muita energia para não desmaiar. Como eu não parecia um turista o homem começou a me encarar. Eu tentei um diálogo, mas ele não falava minha língua, então a nossa conversa foi mais ou menos assim:
–Kon'nichiwa otokonoko – falou ele um com um sorriso preocupado – Ogenkidesuka?
–Oi – falei tentando não mostrar minha dor – você fala minha língua?
–Anata ga gaikoku hitodearu. Sode wa arimasen ka?
–Me desculpe não falo Japonês.
Então eu me virei corri para o lado esquerdo a casa do homem com que tive a breve conversa e segui correndo.
...
O meu trajeto não foi muito complicado, eu dobrei a primeira esquerda, segui uma rua bem estreita e comprida com casas que pareceriam americanas se não estivessem ao lado de placas de trânsito escritas em japonês, e segui até chegar a uma curva para a esquerda, examino a passagem e vejo que provavelmente não vai dar a lugar algum, então sigo meu caminho até chegar ao fim da rua e me ver com duas opções: esquerda ou direita. Então eu pulei a barra de ferro corri até o outro lado, pulei a outra barra e me deparei com algo sinistro: um Dragão Japonês
...
Eu havia me esquecido, do meu cheiro e estava simplesmente tentando fugir de qualquer lugar que fosse próximo a onde eu tenha ficado preso, acontece que o dragão estava me atraindo até ele. Enfim, obviamente eu saquei minha espada e começamos uma luta. Ele com suas garras me feriu no ombro esquerdo, eu feri o pescoço do bicho no lado esquerdo, porém minha espada ficou presa nas escamas do dragão e ele ia me morder, mas no ultimo instante uma flecha cravou no maxilar do lado direito do animal e com exceção da escama ele se desfez em pó.
Em outra parte do estacionamento estava de pé um grande cara que carregava uma mochila nas costas, vestia calças jeans usava tênis pretos e uma camiseta branca gola V com mangas, e por cima ainda usava um sobretudo, mesmo de longe eu reparei em seu anel, e vi a cor prateada dele refletida no sol da tarde. Logo eu percebi que se tratava de um caçador de Elite, provavelmente o único que estivesse alguma patente a cima do Capitão Ulisses, além do "chefe". Ele veio andando até mim em quanto eu pegava a minha espada da pele do dragão e a guardava na minha mochila. Quando ele estava a mais ou menos 15 passos de distância falou:
– Anata wa, kankodesu ka?
–Desculpe senhor, não falo sua língua...
–Eu perguntei se você é um turista.
–Não senhor
–É um... –falou ele olhando para os lados certificando–se de que não havia ninguém nos espionando – jovem caçador?
–Ainda estou em treinamento.
–Entendo. Você até que foi bem – falou o caçador olhando a carcaça do dragão – eu estava caçando esse monstro há dias, você fez uma excelente distração.
–Obrigado... eu acho. – falei confuso
–Você é da CDM brasileira, não é? –falou o caçador com os olhos semicerrados.
–Sim. – dei de ombros – pelo menos pretendo ser um caçador de lá...
–Vamos eu te dou uma carona.
–O quê? – falei confuso
–Você sabe onde está? –perguntou o Caçador.
–No Japão, presumo. – respondi
–Você está em Matsuyama–shi, Ehime–ken, Japão.
–Isso é importante?
–Pôr em quanto não – respondeu ele olhando para a direita, como se olhasse na direção de onde eu tinha vindo. – Como exatamente você chegou aqui?
–É mesmo. –falei batendo na minha cabeça – Eu estava na minha festa de aniversário no Brasil, então quando eu ia subir as escadas para ver a minha avó apareceu um portal daqueles que os caçadores usam e eu não parei de subir, e fui parar no Duat. Daí eu comecei a andar até achar uma saída e criei bonecos de escuridão, depois dei vida a eles dando um pouco da minha energia e os controlei para que abrissem a fenda do Duat para o mundo mortal, mas os deixei pra trás e ainda sinto a força deles tentando se impuser a minha.
–Bem – falou o caçador depois de me estudar – você resolve isso na CDM Brasileira. Eu te levo lá vamos.
Então ele se virou abriu um daqueles portais sinistros e disse:
–Você vem ou não?
–Vou, mas... –falei olhando pra cima – você sabe que dia é hoje?
– No brasil deve ser o começo do dia 15.
–15 de que mês? – falei um pouco preocupado.
–Janeiro...
–De que ano?
Ele olhou um pouco estagnado para mim e começou a dizer:
–Dois mil e...

E exatamente nesse momento, saíram do portal do Caçador minhas pequenas criações: Os bonecos de Escuridão.

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